Segundo a Buildings, a Shopee cresceu 17 vezes a ocupação em apenas 2 anos; já a Shein quase triplicou sua operação em apenas 1 trimestre. 

Números do setor de escritórios de São Paulo e Rio de Janeiro foram destaque na 13ª edição do Buildings Exclusive, realizado em São Paulo. Contudo, podemos dizer que o setor que novamente roubou a cena foi o logístico. Nesse sentido, o rápido crescimento da Shein e Shopee em terras brasileiras chamou atenção. Para saber mais sobre o evento, leia: 13ª edição do Buildings Exclusive reúne profissionais do mercado imobiliário em São Paulo

Não é segredo para ninguém do quanto o setor logístico cresceu nos últimos anos, sobretudo no período mais intenso da pandemia. E, apesar de especulações sobre seu arrefecimento, segue com resultados muito positivos, tanto no Brasil quanto em São Paulo.

Atualmente, os dados brasileiros apontam 966 condomínios logísticos prontos, o que equivale a 33,8 milhões de m² entregues. Além disso, a atividade construtiva segue aquecida: são 4,2 milhões de m². E mais 22,3 milhões de m² estão em projeto.

Apesar do novo estoque ter alcançado resultados expressivos nos últimos anos, a taxa de vacância segue em queda. Isso atesta que as empresas do setor estão com demanda para absorver as novas entregas.

A taxa de vacância no Brasil chegou a 9,1% no 3T de 2023, na mesma média do 2T/2023 e menor que o 1T/2023, que foi 10,58%.

Mercado Livre ocupa mais de 1,3 milhão de m² logísticos no Brasil

Entre os destaques que Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, trouxe durante a apresentação dos dados, a ocupação logística no Brasil foi uma das principais.

Conforme quadro abaixo, a empresa Mercado Livre possui 1,3 milhão de m² de condomínios logísticos. Eles estão distribuídos em 51 ocupações industriais, espalhadas em diversas regiões.

Conforme mapeamento da Buildings, instalada no Brasil desde o 2T de 2018, quando ocupou inicialmente 50 mil m² de área, a gigante argentina está agora em 51 locais diferentes.

Para se ter ideia de sua expansão, apenas no 2T de 2023, a empresa alugou áreas em três novos condomínios: Nova Lima Business Park, Eco Park II e Cargo Park. Na somatória de locação, essas áreas chegaram a 35 mil m².

Além disso, ainda possui 13 mil m² de locação de escritórios.

Em segunda posição de ocupação logística, aparece a Via, com 965 mil m²; o Magazine Luiza vem em terceira colocação, com 648 mil m², seguida da B2W Digital com 619 mil m².

Por fim, o quinto lugar é ocupado pela Amazon, com 565 mil m².

Shopee e Shein despontam nos últimos trimestres

O mercado brasileiro de e-commerce nunca esteve tão habitado pelos grandes players vindos da Ásia. Tanto é que o ex-country manager da Aliexpress, Yan Dié, em entrevista ao Money Times (02/2023), disse apostar na Shopee, no TikTok Shop e na Shein para “dominar” o mercado nacional de vendas.

Talvez as estimativas do CEO tenham lá suas razões de ser.

Fato é que Shopee e Shein caíram nas graças dos brasileiros e, desde que aportaram aqui, seguem ganhando a preferência de muitos consumidores.

No gráfico abaixo, é possível comparar o total de área ocupada por cada empresa.

Para se ter ideia, no mapeamento de dados da Buildings, a Shopee começou a alugar no Brasil no 3T de 2020, ou seja, no período mais acentuado da pandemia. Com as pessoas confinadas em suas casas, as compras on-line tiveram um boom. E a empresa surfou muito bem nesta onda.

Atualmente, a empresa ocupa no Brasil uma área de condomínios logísticos igual a 207 mil m², distribuída em 28 ocupações em condomínios logísticos. Apenas no 3T/2023, a empresa alugou áreas em três condomínios diferentes: no GLP Guarulhos, no BTLG Ribeirão Preto e no Bandeirantes II. Na somatória de locação, eles chegam a 25 mil m².

Além disso, ainda possui 20 mil m² de locação de escritórios.

Já a Shein está em terras brasileiras desde o 3T de 2022, há pouco mais de um ano. Durante esse período, a empresa optou por uma única ocupação de 215 mil m² no GLP Guarulhos II, em São Paulo. Essa é uma característica estratégica diferente entre as duas empresas.

Além disso, ainda possui 2,7 mil m² de locação de escritórios e três lojas em shoppings.

Uma novidade recente, aponta que a Shein passará a fabricar suas roupas no Brasil. Isso pode promover a ocupação de mais áreas.

A Shopee no Brasil cresceu quase 19 vezes a ocupação em condomínios logísticos em apenas 2 anos. Saiu de pouco mais de 11 mil m² para 207 mil m².

Já a Shein quase triplicou sua operação em apenas 1 trimestre. Saiu de 80 mil m² para 215 mil m² ocupados em condomínios logísticos.

Curiosidades do mercado industrial trazidas na 13ª edição do Buildings Exclusive

Quanto à evolução da absorção líquida, o 3T/2023 apresentou um resultado maior que o 2T/2023: 724 mil m² positivos. A maior absorção líquida positiva foi de 135.000m²  referente ao GLP Guarulhos II, ocupado pela Shein.

Na outra ponta, a maior negativa foi de -75.000m² no GLP Campo Grande , uma redução de espaço do GPA.

No total, 112 condomínios tiveram absorção positiva no trimestre, ou seja, absorveram espaços.

Quanto às devoluções, foram 57 condomínios com devoluções (10 também tiveram absorções).

Um dado que chamou a atenção no Brasil é que existem apenas 7 condomínios logísticos que estão 100% vagos. Eles têm por característica:

  • São pequenos e estão vagos há poucos meses;
  • Estão no meio da cidade, e os proprietários estão tentando vender há anos;
  • Há condomínio de altíssimo padrão recém-entregue próximo a sua localização.

Matéria publicada no portal da Buildings e pode ser acessado em: O rápido crescimento da Shein e Shopee no Brasil; Mercado Livre lidera o setor (buildings.com.br)

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